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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Biblioteca de Alexandria


O imenso arquivo de livros considerados 'perigosos', como as obras de Bérose que relatavam seus encontros com extraterrestres ou 'Sobre o feixe de luz', provavelmente a primeira obra sobre discos voadores, os livros secretos que davam poder ilimitado, os segredos da alquimia....tudo desapareceu

Uma fantástica coleção de saber foi definitivamente aniquilada pelos árabes em 646 da era cristã. Antes disso muitos ataques foram destruindo aos poucos esse monumento. Alexandria foi a primeira cidade do mundo totalmente construida em pedra. A biblioteca compreendia dez grandes salas e quartos separados para os consultantes. Discute-se, ainda, a data de sua fundação, por Demétrios de Phalére. Desde o começo, ele agrupou setecentos mil livros e continuou aumentando sempre esse número. Os livros eram comprados às expensas do rei. Demétrios foi o primeiro ateniense a descolorir os cabelos, alourando-os com água oxigenada. Depois foi banido de seu governo e partiu para Tebas. Lá escreveu um grande número de obras, uma com o título estranho: 'Sobre o feixe de luz no céu', que é provavelmente, a primeira obra sobre discos voadores. Demétrios tornou-se célebre no Egito como mecenas das ciências e das artes, em nome do rei Ptolomeu I . Ptolomeu II continuou a interessar-se pela biblioteca e pelas ciências, sobretudo a zoologia. Nomeou como bibliotecário a Zenodotus de Éfeso, nascido em 327 a.C., e do qual ignoram as circunstâncias e data da morte. Depois disso, uma sucessão de bibliotecários , através dos séculos, aumentou a biblioteca, acumulando pergaminhos, papiros, gravuras e mesmo livros impressos, se formos crer em certas tradições. A biblioteca continha portanto documentos inestimáveis.

Sabe-se que um bibliotecário se opôs, violentamente ,à primeira pilhagem da biblioteca por Júlio César, no ano 47 a.C., mas a história não tem o seu nome. O que é certo é já na época de Júlio César, a biblioteca de Alexandria tinha a reputação corrente de guardar livros secretos que davam poder praticamente ilimitado. Quando Júlio César chegou a Alexandria a biblioteca já tinha pelo menos setecentos mil manuscritos. Os documentos que sobreviveram dão-nos uma idéia precisa. Havia lá livros em grego. Evidentemente, tesouros: toda essa parte que nos falta da literatura grega clássica. Mas entre esses manuscritos não deveria aparentemente haver nada de perigoso. Ao contrário , o conjunto de obras de Bérose é que poderia inquietar.

Sacerdote babilônico refugiado na Grécia, Bérose nos deixou de um encontro o relato com os extraterrestres: os misteriosos Apkallus, seres semelhantes a peixes, vivendo em escafandros e que teriam trazido aos homens os primeiros conhecimentos científicos. Bérose viveu no tempo de Alexandre, o Grande, até a época de Ptolomeu I. Foi sacerdote de Bel-Marduk na babilônia. Era historiador, astrólogo e astrônomo. Inventou o relógio de sol semicircular. Fez uma teoria dos conflitos entre os raios dos Sol e da Lua que antecipa os trabalhos mais modernos sobre interferência da luz.

A História do Mundo de Bérose, que descrevia seus primeiros contatos com os extraterrestres, foi perdida. Restam alguns fragmentos, mas a totalidade desta obra estava em Alexandria. Nela estavam todos os ensinamentos dos extraterrestres.

A ofensiva seguinte, a mais séria contra a livraria, foi feita pela Imperatriz Zenóbia . Ainda desta vez a destruição não foi total, mas livros importantes desapareceram. Conhecemos a razão da ofensiva que lançou depois dela o Imperador Diocleciano ( 284--305 d.C. ). Diocleciano quis destruir todas as obras que davam os segredos de fabricação do ouro e da prata. Isto é, todas as obras de alquimia. Pois ele pensava que se os egipcios pudessem fabricar à vontade o ouro e a prata, obteriam assim meios para levantar um exército e combater o império. Diocleciano mesmo filho de escravo, foi proclamado imperador em 17 de setembro de 284. Era ao que tudo indica, perseguidor nato e o último decreto que assinou antes de sua abdicação em maio de 305, ordenava a destruição do cristianismo. Diocleciano foi de encontro a uma poderosa revolta do Egito e começou em julho de 295 o cerco à Alexandria. Tomou a cidade e nessa ocasião houve um massacre. Entretanto, segundo a lenda, o cavalo de Diocleciano deu um passo em falso ao entrar na cidade conquistada e Diocleciano interpretou tal acontecimento como mensagem dos deuses que lhe mandavam poupar a cidade.

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